Fernando Filho pode perder cargo de ministro
O partido Socialista Brasileiro (PSB)
foi atingido em cheio após denúncia feita pelo Ministério Público Federal
(MPF) contra 18 alvos na Operação Turbulência.
O “cliente”maior seria Eduardo Campos que teria movimentado cerca de
R$ 600 milhões em um grande esquema de
corrupção, sendo que boa parte deste dinheiro teria irrigado campanhas
eleitorais ligadas ao partido, diz a denúncia do MPF.
Outro acusado pelo MPF seria socialista e senador Fernando Bezerra Coelho (PE), que
segundo a denuncia também é cliente do mesmo esquema.
A denúncia cai como uma bomba no ministro
das Minas e Energia, Fernando Filho, que foi elevado ao cargo após acordos feitos por FBC que indicaram
seu nome junto à bancada federal.
A denúncia da Operação Turbulência na
qual o senador FBC é referido é somente mais uma onde o nome do parlamentar
aparece. Ele e Eduardo também foram citados em depoimento de delação premiada
do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em um dos campos da Operação Lava Jato, como favorecidos
de propinas de R$ 20 milhões desviados de contratos da estatal.
FBC nega as acusações e reafirma que
nunca atuou como coordenador das campanhas do falecido ex-governador em 2010 ou
2014. Fernando Filho, que é deputado federal desde 2007 também recebeu doações
eleitorais de empresas investigadas pela Lava Jato.
Apesar do nome do ministro não ser
citado na denúncia do MPF, o fato coloca pai e filho numa situação
incômoda. Fernando Filho foi convocado para o cargo após uma intensa
movimentação feita por seu pai junto a representantes do governo do
vice-presidente em exercício Michel Temer
A direção do partido, incluindo a
maior parte da Executiva nacional e o governador de Pernambuco e
vice-presidente da legenda, Paulo Câmara, se posicionaram de forma contrária a
indicações para que membros da legenda ocupassem cargos no governo do PMDB.
A cúpula socialista ainda não
digeriu a indicação , o que poderá levar a novos atritos em função da nova
denúncia contra o senador.
A chance de apoio oferecido pela bancada pode estar indo água a baixo. Dos 35 deputados socialistas apenas
oito foram a favor do acordo e nem todos são aliados de FBC, o que poderá
enfraquecer Fernando Bezerra, tanto o pai como o filho.
Por Cauby Fernandes e Carla Pinheiro
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