Operação Turbulência completa um mês de muitas dúvidas
Na Operação
Turbulência, Pernambuco é o centro das investigações. A operação que foi deflagrada pela Polícia Federal para
desarticular um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, completa um mês, e as dúvidas permanecem no ar. Tudo
começou com um questionamento sobre a
compra do jatinho para a campanha do ex-governador Eduardo Campos
(PSB). O governador morreu, vítima de acidente aéreo há dois anos. Está sendo investigado o movimento de R$ 600
milhões, em recursos ilícitos da Refinaria Abreu e Lima e da Transposição do
Rio São Francisco. Nesses 30 dias, as perguntas respondidas tem um tom esquálido e o
saldo das investigações é de um empresário encontrado morto em um motel em
Olinda, em circunstâncias misteriosas e mais quatro empresários presos.
A Polícia Federal mantém silêncio sobre a investigação. No esquema foi divulgado que existem três líderes
entre os presos, mas a PF não confirmou os
nomes.O caso se mistura com a Operação
Lava Jato. A operação revelou que os responsáveis eram Eduardo Freire
Bezerra Leite, Lyra de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e João Carlos. Porém
ninguém sabe que papel cada um assumia dentro da organização.
A grande polêmica é
que a Polícia Civil está conduzindo as investigações. O deputado
estadual Edilson Silva (PSOL) chegou a pedir ao procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, solicite ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a PF assuma o
caso. O argumento é de que a operação envolve políticos do PSB, partido cujo
vice-presidente é o governador Paulo Câmara, que controla a secretaria. A
Polícia Federal mantém uma equipe acompanhando o inquérito presidido pela
delegada Gleide Ângelo e afirma que só toma a frente da apuração se for provado
que a morte está ligada à Turbulência. Não há previsão para a conclusão da investigação.
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