Miguel Coelho e Adalberto Cavalcanti: preparados para governar Petrolina?

A aproximadamente 20 dias para o pontapé inicial das campanhas eleitorais em todo o Brasil, vemos em Petrolina um cenário ainda bastante indefinido. As já consolidadas candidaturas de Edinaldo Lima (PMDB), Odacy Amorim (PT), Adalberto Cavalcanti (PTB) e Miguel Coelho (PSB) nos indicam a aproximação de um período turbulento, nesta que tem tudo para ser uma das mais disputadas eleições da história política de nossa cidade. Nenhum dos candidatos citados acima fará sua estreia neste pleito. Todos já participaram de forma direta em eleições anteriores.

Porém, a pergunta que realmente instiga o eleitor petrolinense é: ter somente participado e vencido eleições no passado já qualificam um candidato para o desafio de governar uma cidade como Petrolina? E a resposta é não. Os dois primeiros podem ser considerados candidatos naturais a sucessão municipal.

Não é de hoje que Odacy e Edinaldo prestam serviços políticos à população, e por esta razão são nomes de mérito inquestionável. Por outro lado, é importante analisar de forma cuidadosa os casos dos deputados Adalberto Cavalcanti e Miguel Coelho. Adalberto tem um nome conhecido em todo o sertão. Sua família está a frente do poder em Afrânio a muitos anos, tendo ele inclusive sido o prefeito de tal cidade. Sua forma de fazer política, no entanto, deixa vestígios negativos onde quer que passe. Fugir de debates, tratar opositores e eleitores com arrogância e até trair aliados políticos em circunstâncias específicas são só alguns dos graves "pecados" cometidos por ele em todo o seu trajeto político, e isso nos mostra que ter um nome conhecido não significa necessariamente ter um nome aprovado. Miguel, por outro lado, é tão novo no meio político que fica até difícil apontar adjetivos, sejam eles positivos ou negativos, sobre sua recente e imberbe história pública.

A única pista que temos sobre sua súbita candidatura é que, seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), parece estar mesmo disposto a ter QUALQUER um de seus filhos como prefeito. Em 2012 falhou ao tentar eleger o hoje Ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), em um cenário político semelhante. Um sério agravante para o plano de eleger sua segunda cria, tendo falhado com a primeira, é que desta vez o senador tem em seu encalço a Polícia Federal, já que é investigado tanto na Operação Lava Jato quanto na Operação Turbulência. As candidaturas de Miguel e Adalberto são, de fato, legítimas. A maior prova disso é que ambos os candidatos possuem apoio de uma parcela já comprovada da população. No entanto, o desafio dos mesmos nestas eleições vai ser o de mostrar a toda Petrolina que suas propostas para a cidade giram em torno de um futuro melhor, e não da corriqueira e egoísta perpetuação do poder.(Petrolina em Foco)

 Publicado no Blog de Daniel Campos

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